1º Encontro de Enfermagem Forense de Pernambuco ressalta importância da discussão sobre a especialidade

Encontro teve, entre os objetivos, discutir a importância da especialidade na área da segurança pública e acolhimento das vítimas de violência.
O Conselho Regional de Enfermagem de Pernambuco (Coren-PE), por meio da Comissão Estadual de Enfermagem Forense, promoveu na quarta-feira (22), no bairro da Boa Vista, no Recife, o primeiro encontro pernambucano que debateu a temática forense. Estudantes e profissionais de enfermagem tiveram a oportunidade de conhecer detalhes sobre a especialidade e a importância do seguimento na área da segurança pública e acolhimento das vítimas de violência.

Presidente do Coren-PE, D. Gilmar Júnior, destacou o pioneirismo de Pernambuco em relação a enfermagem forense
Durante a abertura do evento, o presidente da Coren-PE, Dr. Gilmar Júnior, ressaltou a necessidade da discussão para o crescimento da especialidade e os impactos disso para a sociedade. “Eu fico muito orgulhoso de ter sido o coordenador do primeiro curso de enfermagem forense do país. Hoje, temos três turmas formadas, duas em Pernambuco e uma no Ceará, e continuamos fortes no compromisso em desenvolver a especialidade no Brasil”.
De acordo com a coordenadora da Comissão Estadual de Enfermagem Forense, Drª Carmela Alencar, o encontro teve o objetivo de debater o tema e apresentar à sociedade destalhes do primeiro ano trabalho do grupo. “Foi uma forma de celebrarmos um ano de atividade e também uma forma de apresentarmos essa especialidade para os enfermeiros e estudantes. É um seguimento pouco conhecido e pouco difundido e a comissão tem um trabalho de tentar implementar essa especialidade”.
A própria coordenadora foi responsável pela palestra de abertura do evento, onde relacionou a Enfermagem Forense e os direitos humanos. O assessor de Relações Institucionais do Cofen e coordenador da Comissão Nacional de Enfermagem Forense do Conselho Federal, Dr. Antônio Coutinho, deu continuidade a programação com a palestra: “Enfermagem Forense: o caminhar brasileiro”. Em seguida, o fisioterapeuta e especialista em saúde pública, Dr. Luiz Valério trouxe o tema “Vulnerabilidade e violência contra a população LGBTQIA+: atendimento e repercussões para a vítima e sua família”, onde, em pouco mais de uma hora, compartilhou um pouco da experiência que acumulou no período em que atuou na Secretaria Estadual de Saúde, onde coordenou a Política Estadual de Atenção Integral à Saúde da População LGBT.
As diferentes atuações dos profissionais envolvidos com a ciência forense nortearam a palestra do advogado, mestre em perícias forenses e presidente do Colégio Pernambucano de Ciências Forenses, Dr. Diogo Ramos. O jurista abordou o tema “a transdiciplinaridade e interprofissionalidade das ciências forenses e seu papel de garantia dos Direitos Humanos”. A mesa de encerramento ficou a cargo dos integrantes da Comissão Estadual de Enfermagem Forense que realizaram um debate em torno do tema e como o seguimento deve ganhar notoriedade nos próximos anos.

A coordenadora da Comissão Estadual de Enfermagem Forense, Drª Carmela Alencar, destacou a inciativa do Coren-PE ao solicitar a inclusão do cargo de enfermeiro forense no próximo concurso para o Instituto de Criminalística.
“Nós já solicitamos às autoridades a inclusão para que a especialidade de enfermeiro forense faça parte do próximo concurso de composição para quadro do Instituto de Criminalística de Pernambuco. Dentro do encontro, aproveitamos para fazermos essa sensibilização e mostrar a importância da especialidade para garantir que a vítima não seja revitimizada. A enfermagem forense faz o acolhimento, dá prosseguimento com a coleta e preservação dos vestígios, evitando, muitas vezes que a vítima precise relatar (por mais de uma vez) suas particularidades em um ambiente policial”, pontou a coordenadora da Comissão Estadual de Enfermagem Forense, Drª Carmela Alencar.
Ainda segundo ela,“o enfermeiro forense não veio para substituir um médico legista ou um perito, a gente vem pra somar e preencher uma lacuna que existe hoje, onde as vítimas chegam nos hospitais, são acolhidas, recebidas e tratadas das suas feridas, mas, infelizmente, ainda precisam ser encaminhadas para os serviços (de criminalística), onde são feitas as coletas dos vestígios sexuais. Com a comissão e o esse encontro conseguimos apresentar a enfermagem forense de maneira completa para que as pessoas saibam que o enfermeiro forense não só atua diante das vítimas de violência sexual, mas diante de outras possibilidades, onde ele possa vir a atuar”, concluiu.
Fotos: Fábio Cadengue
Fonte: Ascom: Coren-PE
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