Coren-PE participa de reunião no MPPE e assegura medidas para a enfermagem no HRA
Na audiência, o Conselho defendeu melhores condições de trabalho e conquistou compromissos como novo posto de enfermagem em até 45 dias e reforço de escalas em até 20 dias.
O Conselho Regional de Enfermagem de Pernambuco (Coren-PE) participou, nesta quarta-feira (03), de audiência convocada pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE) para discutir a situação do Hospital Regional do Agreste (HRA), em Caruaru. Também estiveram presentes representantes do Conselho de Medicina de Pernambuco (Cremepe), da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) e da Secretaria Estadual de Saúde (SES).
Durante a reunião, conduzida pela Promotora de Justiça Sophia Wolfovitch Spinola, o Coren-PE apresentou os dados e constatações de sua recente fiscalização na unidade, realizada no último dia 27 de agosto, reforçando a gravidade da situação enfrentada pelas equipes de enfermagem, que lidam com sobrecarga de trabalho, superlotação e falta de estrutura para acolher pacientes com segurança. A atuação firme do Coren-PE garantiu dois encaminhamentos fundamentais para a categoria e para a qualidade da assistência: a construção de um novo posto de enfermagem na unidade, em até 45 dias e; o reforço imediato nas escalas de enfermeiros e técnicos, por meio de plantões extras, em até 20 dias.
Essas medidas representam avanços importantes, ainda que emergenciais, diante de um cenário crítico. O Coren-PE continuará acompanhando o cumprimento dos compromissos firmados. “Seguiremos atentos e vigilantes para garantir que as promessas sejam cumpridas em benefício dos profissionais e da população”, ressaltou a vice-presidente do Conselho, Drª Thaíse Torres.
Em setembro do ano passado, fiscais do Conselho constataram inúmeros problemas na unidade como: superlotação, pacientes em macas nos corredores por vários dias, ausência de insumos, riscos de falhas na assistência e estrutura física inadequada. Já na última fiscalização realizada na última semana, quase um ano depois, os problemas se repetiram: emergência com ocupação além da capacidade, 45 pacientes em macas nos corredores, muitos idosos, falta de medicamentos e insumos básicos, além da sobrecarga e do adoecimento das equipes de enfermagem.