21 de agosto de 2025

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Nova fiscalização do Coren-PE aponta manutenção dos problemas no SPA de Peixinhos, em Olinda

Ação realizada nesta quinta-feira (7) ocorreu após novo desabamento de parte do teto da sala de medicação e observação. Inspeção identificou pacientes sendo medicados nos corredores, problemas estruturais e déficit de pessoal.

 Uma nova fiscalização do Conselho Regional de Enfermagem de Pernambuco (Coren-PE) constatou que os problemas no Serviço de Pronto Atendimento (SPA) de Peixinhos, em Olinda, persistem, colocando em risco profissionais de saúde e pacientes. A visita, realizada nesta quinta-feira (7), foi motivada por denúncias de um novo desabamento parcial do teto na sala de medicação e observação, o segundo incidente em pouco mais de um mês.

Ainda em junho, o Departamento de Fiscalização do Coren-PE vistoriou a unidade em duas ocasiões e identificou diversas irregularidades, como estrutura precária, medicamentos vencidos e déficit de pessoal. Na inspeção mais recente, o cenário pouco mudou: infiltrações e mofo permanecem, a sala de medicação segue interditada e os pacientes estão sendo atendidos em cadeiras no corredor. O déficit de profissionais de enfermagem, entre técnicos e enfermeiros, chega a 24 trabalhadores.

“Identificamos que, entre a primeira fiscalização e esta última, não houve adequação no número de profissionais necessários para garantir uma assistência segura à população. Quanto à estrutura física, observamos improvisações, o que mantém a exposição da população aos riscos decorrentes das más condições do prédio”, alerta a Drª Ivana Andrade, chefe do Departamento de Fiscalização do Coren-PE.

Um dos pontos mais preocupantes destacados pela equipe de fiscalização foram as “gambiarras” encontradas no telhado, que está coberto apenas com lonas plásticas, sem garantir a segurança estrutural e sem impedir as constantes infiltrações. Segundo a direção do SPA, obras de reparo estão previstas para serem iniciadas até o fim de agosto. “Vamos acompanhar o prazo estipulado pela unidade para solução do déficit de pessoal e das questões estruturais. Caso não haja regularização até o final de agosto, o Coren-PE encaminhará relatório ao Ministério Público e à Procuradoria Jurídica do Conselho, com o objetivo de instaurar uma possível ação civil pública”, conclui a Drª Ivana Andrade.